Fui verdadeiramente surpreendido com a atuação do Brasil no jogo de hoje contra os EUA.
Eu não esperava uma atuação tão boa, com uma mudança de postura tão grande.
Vi uma equipe vibrante e aplicada, que fez com que os americanos saíssem de sua zona de conforto.
Eu contava com um jogo enrolado, individualista e com uma defesa cheia de falhas; queimei a língua.
Queimei a língua também com relação ao Marquinhos. Seu basquete nunca me convenceu de verdade.
Acho ele um bom jogador, mas nada além disso. Brinquei algumas vezes antes do jogo de hoje, de como Nezinho e Marquinhos iriam se comportar diante dos americanos. O que eles iriam fazer com Billups e Durant marcando cada um deles.
Marquinhos entrou como titular e deu conta do recado. Não se intimidou e foi o cestinha do jogo com 16 pontos. Nezinho não entrou, mesmo quando Huertas fez sua quarta falta ainda faltando 4:16 para acabar o terceiro quarto. Improvisamos com Leandrinho e Alex fazendo a função de armador.
Na entrevista coletiva, o simpaticíssimo e muito educado Mike Krzyzewski elogiou demais a atuação do Brasil. Se disse encantado com a atuação de Huertas e Splitter. Afirmou também que se Huertas não tivesse tido problemas com faltas e desfalcado o Brasil no fim do terceiro período e início do quarto talvez o resultado não tivesse sido positivo para a seleção norte-americana.
Magnano parabenizou os jogadores pela postura do time e seu comprometimento.
Ao ser perguntado se o Brasil tinha jogado um jogo mais cerebral e menos de correria, disse de forma bem objetiva, quase sem paciência, que o basquete é um jogo cerebral e sem pensar não tem como jogar; e que eles estão trabalhando fortemente para buscar a identidade para o Brasil (acho que completa um pouco o que escrevi ontem).
Dois jogadores ficaram devendo bastante hoje; JP e Marcelo Machado.
JP não chegou a comprometer, mas fez com que Splitter tivesse um descanso menor do que deveria.
Marcelo Machado por sua vez errou muito. Em 13 minutos em quadra Marcelo os 3 arremessos de quadra que tentou, no entanto perdeu 5 bolas dando 4 contra-ataques para os americanos.
Achei que o Leandrinho poderia ter chamado mais o jogo para ele no último quarto. Ficou um pouco apagado e isso não deve acontecer.
No último período tivemos duas lacunas muito grande de tempo sem pontuar. A primeira dos 8:11 aos 4:58 (3'13"), fizemos dois pontos e ficamos dos 4:58 aos 1:04 (3'54") sem pontuar novamente; curiosamente os EUA vieram em uma balada parecida e isso manteve o equilíbrio do jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário