quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Pontos Turísticos na Turquia 3

Completando os passeios na Turquia, vamos dar uma saidinha para outras cidades.

Quando planejamos a viagem, tínhamos em mente ir para a Capadócia (por lá pronuncia-se "Capadókia").
Conhecida por sua riqueza geológica, cultural e histórica, é hoje um dos principais pontos turísticos da Turquia.
Todas as pessoas que conhecemos que foram pra lá, adoraram e recomendaram.
Uma vez lá, dizem que o passeio de balão é imperdível, mesmo sendo caro, cerca de 150,00 euros.
Para quem não gosta de alturas ou não quer gastar tanta grana, coisas interessantes não faltam no chão.
São muitas habitações, igrejas, hotéis e restaurantes escavados nas rochas. além de muita curiosidades e histórias da região.

Capadócia - foto retirada da internet

A Capadócia fica a cerca de700 km de Istambul, então, a primeira opção era irmos de avião. Porém só conseguimos vôo de ida, logo, a volta teríamos que fazer de ônibus.
Imaginando uma viagem noturna de 10 horas pelo interior da Turquia, sem saber as condições das estradas, sabendo da possibilidade dos motoristas dos ônibus serem tão malucos quanto os de táxis e no dia seguinte à volta enfrentar mais 13 horas de vôo para São Paulo; desistimos!
Ficou para uma próxima oportunidade.


Capadócia - foto retirada da internet
A alternativa encontrada para substituir a Capadócia, foi uma ida combinada para Pamukkale e Ephesus.
Pesquisamos em algumas agências de viagem e compramos um pacote na mais barata. A agência era uma pequena sala onde trabalhavam dois coreanos e um turco bem esquisito. Arriscamos!
Foi a melhor aposta.
O pacote de 2 dias (1 em Pamukkale, 1 em Ephesus passando a noite em Kusadasi) saiu por 245,00 euros e incluía:
Tranfer do hotel para o aeroporto / vôos Istambul-Izmir-Istambul / ida para Pamukkale e Ephesus de van / todos os tíckets dos passeios / passeios com guia em inglês / 1 noite em hotel 3 estrelas / 2 almoços / 1 jantar /1 café da manhã.
Tudo funcionou direitinho! O que foi prometido foi cumprido.

Pamukkale (Castelo de Algodão) é uma da coisas mais curiosas que eu já conheci. No meio de terras aparentemente pobres, cheias de pedregulhos, surge em uma encosta algo que foge completamente da paisagem local; algo como uma montanha de gelo!
Mas como pode com um calor de 30 graus ter uma montanha de gelo? Não pode!
O que parece gelo ou algodão, é na verdade é uma formação calcária criada caprichosamente pela natureza ao longo dos séculos.
Do subterrâneo emerge uma água quente e rica em carbonato de cálcio; esse carbonato de cálcio se acumula formando paredes e piscinas brancas de aspecto encantador.
Diz a lenda que essas águas tem propriedades rejuvenescedoras. Basta banhar-se nelas para sair mais jovem. Como as águas são quentes e fazia um calor incrível, nos contentamos em molhar apenas nossas canelas. Espero que pelo menos elas estejam mais jovens.

Por estarmos em uma época de muito calor e poucas chuvas, muitas das pequenas piscinas estavam secas. Imagino que após a estação das chuva e com um clima mais frio, a visita seja mais agradável; primeiro porque deve ter um número menor de turistas (havia muuita gente), depois porque a água que brota somada à água da chuva, deve deixar todas as piscinas cheias e mais bonitas, e por fim porque daria para aproveitar a água quente em um dia mais frio.

Pamukkale

Pamukkale











Uma das piscinas de Pamukkale


Pamukkale
 










Pamukkale foi declarado Patrimônio da Humanidade em 1988 e hoje é bastante explorada pelo turismo. Há alguns cuidados com a preservação do local, mas podia ser melhor. Se serve de consolo, com certeza já foi bem pior.
Há alguns anos foram construídos alguns hotéis no entorno da montanha branca que aceleraram o processo de degradação que os turistas modernos já vinham causando. Vendo que essa degradação poderia ser um caminho sem volta, os hotéis foram removidos e a cautela aumentou.

Junto de Pamukkale estão as ruínas de Hierápolis, cidade que segundo consta foi fundada entre 197-159 A.C.  por Eumenes II rei de Pérgamo. Seu nome pode ter derivado de "Hiera", que foi esposa de Telephus, filho de Hécules e neto de Zeus.
A cidade fez parte do império romano e suas ruínas deixam isso claro em sua arquitetura.

Ruínas de Hierapólis
Geólogos e escavadores trabalhando











Hierápolis-Pamukkale fica a 3 horas de carro de Izmir ou de Kusadasi (pronunciá-se "Kuchadazi"), portanto é importante se programar de forma a aproveitar ao máximo o lugar. Nós fizemos o passeio em um grupo de 7 pessoas com um guia. Como tudo na vida tem o lado bom e o lado ruim.
O lado bom é que o guia te da muitas orientações e explicações que não teríamos sozinhos, o lado ruim é que a gente fica um pouco preso às vontades e horários do grupo.
Em grupo ou não, recomendo a presença de um guia.

A noite nós passamos em Kusadasi, para no dia seguinte ir para Ephesus. Ao chegar à cidade, uma surpresa muito agradável.
Como seria somente uma noite e querendo baratear o pacote, pedimos por um hotel muito simples; e era isso que esperávamos.
Ao chegar no hotel, ele e o nosso quarto ficavam de frente para o mar (Mar Egeu).
Ali foi possível ver um belíssimo pôr-do-sol e ver os enormes cruzeiros vindos da Europa que atracam ali para os passageiros aproveitarem a região durante o dia.

A cidade é muito jeitosa, com muitas lojinhas e aquele tradicional movimento praiano a noite.

Noite em Kusadasi

Pôr-do-sol em Kusadasi



Pôr-do-sol em Kusadasi

No dia seguinte fomos para Ephesus, cerca de 25 km de Kusadasi.

Hoje pertencente à Turquia, Ephesus foi fundada por colonos gregos séculos antes de Cristo. Depois foi incorporada ao império persa pelas mãos de Ciro e libertada em torno de 330 A.C. por Alexandre, o Grande. Ela foi a capita da província asiática do Império Romano e era uma de suas maiores cidades com mais de 250.000 habitantes. Alguns dizem que a estimativa era de mais de 400.000 habitantes.

Com a chegada do cristianismo, foi uma das primeiras cidades alcançadas pela pregação dos apóstolos e foi residência da Virgem Maria após a morte de Jesus.
Com a morte de Jesus, Jerusalém se tornou perigosa para Maria então, ela e João, filho de Zebedeu, fugiram e foram morar em Ephesus. João pregou em toda região e morreu lá com mais de 92 anos. Consta que foi em Ephesus que ele escreveu seu evangelho.
A pequenina casa onde a Virgem Maria morou e morreu fica no alto de uma colina e de lá é possível ver o centro da cidade.
É uma sensação interessante estar no lugar onde a mãe Dele viveu.


Casa onde a Virgem Maria morou



Casa onde a Virgem Maria morou








Além das figuras bíblicas, outras personagens importantes da história  passaram por lá, entre elas Cleópatra e Marco Antonio.
Andar pelas ruínas e imaginar o dia-a-dia deles, pensar em como seus nomes atravessaram os séculos, é bem legal.


Ruínas de Ephesus

 
Teatro em Ephesus




















Anfiteatro para mais de 20.000 espctadores

 
Biblioteca de Ephesus





Completando o passeio passamos na área onde ficava o
Templo de Artemis, entramos na Mesquita Isabey, passamos em uma loja onde foi possível ver como são feitos os tapetes turcos e por fim em um lugar onde produzem cerâmicas.
Na visita à loja de tapetes, finalmente consegui entender como eles são feitos.
Eles mostram desde como a linha da seda é desenrolada do casulo até a forma como os tapetes são montados, tanto os de seda, como os de algodão.
São diversas salas, para poder receber diversos grupos de turistas simultaneamente, onde fica uma máquina usada para separar a seda e diversas senhoras trabalhando em seus tapetes.

Após mostrar o processo todo, eles te levam para uma sala maior, bastante confortável, oferecem bebidas e finalmente vem a tentativa de vender algum de seus tapetes.
Mostram todos os modelos possíveis, contam histórias e fazem de tudo para fechar negócio.
Se disser que não tem como levar no avião, eles mandam para sua casa em qualquer lugar do mundo, aceitam qualquer moeda, parcelam, fazem sobre encomenda.... fazem de TUDO!
Não sou muito fã de tapetes, mas os de seda são realmente impressionantes!
 
Casulos da seda

Fabricação de tapetes

Na loja de cerâmica demonstrações de habilidade; tanto no manuseio da "massa" formando a peça, como no momento de fazer os desenhos à mão livre.

Legal de ver... da vontade de tentar

 
Muita habilidade

Sem gabarito. Somente a imaginação.

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