Nunca na história desse país recebemos tantos e-mails atacando ou defendendo os candidatos de uma eleição.
Os e-mails tem mais ou menos o mesmo teor das propagandas partidárias. São muitas acusações, críticas, especulações, mas pouquíssimas propostas.
Situação parecida vive o basquete brasileiro nessa fase pós mundiais; com muitas críticas e poucas sugestões.
Para piorar a situação, estamos revivendo dentro do basquete uma triste situação ocorrida no planalto central.
Assim como fez nosso presidente Lula no caso do mensalão, agora é a vez da Hortência, diretora técnica das seleções brasileiras femininas, se fingir de cega.
Janeth Arcaín, ex-jogadora da seleção, é hoje técnica da seleção brasileira sub-15 feminina e assistente técnica da seleção adulta. Juntamente com os cargos da CBB, ela exerce, segundo o jornal Folha de São Paulo, a função de empresária de atleta, agenciando a jovem jogadora Damiris, que aos 17 anos integrou a seleção adulta no Mundial da República Tcheca.
Ao ser questionada pela reportagem da Folha de São Paulo (20/10/2010) sobre o acumulo de funções de Janeth, Hortência deu a seguinte resposta:
"Eu nunca soube disso"
"A Janeth faz um filtro ali para a Damiris. Antes de chegar à atleta, é a Janeth quem faz o contato"
"Porque não pode ser empresária e treinadora ao mesmo tempo".
Quando soube que Janeth confirmou sua função de empresária junto à Damiris, Hortência se fingiu de Lula e disse:
"Eu desconheço qualquer atividade da Janeth neste ramo, mas ela sabe que não pode"
"Não pode de jeito nenhum ganhar dinheiro com atleta e trabalhar em comissão técnica de seleção. Vou conversar com a Janeth"
Janeth desconversa e tenta se explicar:
"Só acompanho a carreira da Damiris, não gerencio várias jogadoras. Não vejo problemas nisso"
Damiris, a terceira ponta desse triângulo apenas diz:
"Janeth é uma mãe, faz tudo. Mas sei que, se eu cair, ninguém me levantará"
"Muita gente diz que só estou na seleção porque a Janeth é minha empresária"
"Mas ela [Janeth] não entra em quadra por mim. Quem joga e faz cesta sou eu"
No caso de Damiris, sendo a Janeth, eu ou qualquer outra pessoa o seu agente, ela estaria e estará nas seleções. Ela é realmente acima da média. Mas e no caso de outras jogadoras, como ficaria?
Com uma situação dessas, a credibilidade da CBB, seus diretores e técnicos fica em xeque; o que é péssimo para uma instituição que está justamente tentando mostrar mudanças e profissionalismo.
Com tudo isso, parabéns à Vanderlei Mazzuchini, diretor das seleções masculinas, que segue trabalhando de forma discreta, acumulando experiência e com grande aceitação dos jogadores .
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