Na noite da última sexta-feira, enquanto dirigia pela avenida Eliseu de Almeida, rota de muito ciclistas que usam a bike como meio de transporte, vi um deles utilizando um sinalizador noturno, aquele famoso pisca-pisca, preso ao capacete. Sempre achei mais inteligente usar o pisca-pisca preso ao corpo do que à bicicleta, pois no caso de uma queda o carro poderia desviar do ciclista caído e não da bicicleta.
Porém, nunca achei uma maneira adequada de prender o sinalizador ao capacete, então resolvi parar o rapaz para perguntar.
Ele estava todo paramentado, com capacete, colete refrator, retrovisor do lado esquerdo, pisca-pisca dianteiro, pisca-pisca traseiro na bicicleta além daquele do capacete, óculos apropriados para noite.... enfim, um verdadeiro exemplo.
Tirei minhas dúvidas, desejei uma boa pedalada e segui meu caminho.
Na agilidade do pedal, ele saiu na frente.
Um pouco mais à frente, lá estava ele, trafegando pela faixa da esquerda, espremido entre os carros rápidos e mureta central.
Pensei comigo: "Poxa rapaz... madou muito mal!"
Se queremos respeito quando estamos em cima da bike, temos que fazer a coisa do jeito certo.
Respeite para ser respeitado.
Ultimamente, em especial após algumas mortes de ciclistas com grande repercussão na mídia, temos ouvido muitos ciclistas reclamando dos motoristas. As queixas são deveras válidas, mas é preciso cada um assumir a sua responsabilidade na atual situação
Por coincidência o Fantástico (Rede Globo) dessa semana apresentou uma reportagem sobre o dia a dia de quem pedala em SP. Achei que poderia ser a chance de chamar à atenção de uma forma contundente de todos os envolvidos; infelizmente foi uma reportagem muito superficial. Não acrescentou muita coisa...
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