sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Mais uma possibilidade empolgante


TECNOLOGIA
PSA mostra híbrido que usa ar comprimido
Solução une motor térmico a sistema hidráulico e permite rodar 34 km/l de gasolina
da Redação
A PSA Peugeot Citroën apresenta pela primeira vez na América Latina a tecnologia Hybrid Air, uma solução "full hybrid" que une um motor térmico com um sistema hidráulico acionado por ar comprimido. Para a apresentação, a empresa trouxe da França uma das duas maquetes em escala real que existem no mundo usadas para a demonstração do sistema.
Usando como base um Citroën C3, a maquete está sendo exibida em apresentações realizadas pelo grupo PSA e pela Bosch, parceira no desenvolvimento da tecnologia. A opção proporciona desempenho com baixo consumo – cerca de 34 km/l – sem baterias adicionais, para minimizar os impactos ambientais. Assim é possível chegar a 69g/km de dióxido de carbono, com reciclagem facilitada.

Essa tecnologia é particularmente adaptável a modelos compactos e médios. Com ela é possível diminuir em 45% o consumo de combustível na cidade de um carro compacto em relação a um com motor a gasolina equivalente. "Estamos expondo a tecnologia Hybrid Air no Brasil poucos meses depois de apresentá-la pela primeira vez na Europa", afirma Carlos Gomes, presidente Brasil e América Latina da PSA Peugeot Citroën.

"Trata-se de uma tecnologia de vocação mundial, acessível a todos e que em pouco tempo já acumula algumas importantes premiações graças a sua eficácia em termos de consumo reduzido e baixo impacto ambiental. Simples, essa tecnologia se torna muito atraente para todos os mercados, em especial os mercados emergentes", diz o executivo.

Hybrid Air - foto Divulgação

Hybrid Air - foto Divulgação
Ilustração mostra o funcionamento do sistema

O Hybrid Air combina duas energias: o ar comprimido vai assistir o motor a gasolina, até mesmo substituí-lo, para levá-lo aos pontos de funcionamento mais eficientes durante as fases de acelerações e arrancadas. A tecnologia utiliza alguns componentes novos no universo automotivo, mas que já foram implementados com sucesso na indústria aeronáutica.

Seu sistema inclui um reservatório de energia que contém ar comprimido, disposto sob a carroceria, no túnel central, um reservatório de baixa pressão, situado na altura da travessa da suspensão traseira e que serve de vaso de expansão, um grupo hidráulico composto por um motor e uma bomba, instalado sob o capô, na transmissão. Esta última é composta por um conjunto automatizado para gerenciar a repartição entre as duas energias, que substitui o câmbio mecânico e oferece a possibilidade de automatizar a troca de marchas.

O motor térmico é um três-cilindros a gasolina de última geração. O computador vai pilotar as duas fontes de energia para obter o melhor rendimento possível em função da situação. A passagem entre os três modos disponíveis ocorre de maneira transparente para o condutor.

No modo Air apenas a energia contida no ar comprimido faz o veículo avançar. Ao se dilatar, o ar ocupa um espaço cada vez maior no reservatório de energia e desloca um volume de óleo correspondente. O óleo é um vetor de energia que alimenta o motor hidráulico acoplado ao trem de força. Com o motor térmico desligado, o veículo se desloca sem consumir gasolina nem emitir CO2. Esse modo tem vocação maior para uso urbano.

No modo gasolina apenas o motor de três cilindros a gasolina 1.2 VTi equipa o veículo. Esse modo é particularmente adaptado para estradas, com velocidade estabilizada. No modo misto os motores a gasolina e hidráulico funcionam conjuntamente para deslocar o veículo, em proporções ajustadas em função da situação, a fim de atingir o consumo ideal.

Flexível, o Hybrid Air pode alimentar o motor hidráulico a partir de duas fontes. Enquanto a quantidade de energia contida no reservatório de ar comprimido se mostrar suficiente para atender à demanda do condutor, o motor hidráulico funciona a partir dessa fonte. Em seguida, se for preciso, ele pode ser alimentado diretamente pela bomba hidráulica. Esse modo se destina especialmente às fases transitórias na cidade e na estrada.

O reservatório de energia pode ser recarregado de dois modos. Nas desacelerações (ao frear ou tirar o pé do acelerador), a redução da velocidade não é obtida pela aplicação das pastilhas nos discos de freio, mas pela resistência à compressão do ar nesse acumulador. A outra consiste em fazer a recarga por meio da religação do motor térmico – nessa situação, uma parte da energia produzida pela gasolina é utilizada para comprimir o ar. Nos dois casos a capacidade energética máxima do acumulador sob pressão é atingida rapidamente, em apenas dez segundos.

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